Fernando Pessoa Berühmte Zitate
Das Buch der Unruhe des Hilfsbuchhalters Bernardo Soares
„Ich beneide alle Leute darum, nicht ich zu sein.“
Das Buch der Unruhe des Hilfsbuchhalters Bernardo Soares
Zitate über Leben von Fernando Pessoa
„Das große Los des Lebens fällt nur denen zu, die es auf gut Glück kaufen.“
Das Buch der Unruhe des Hilfsbuchhalters Bernardo Soares (361)
Das Buch der Unruhe des Hilfsbuchhalters Bernardo Soares
„Schlaf, dass das Leben ein Nichts ist! // Schlaf, dass alles vergeblich ist!“
aus Dorme, que a vida é nada!, Übersetzung: Nino Barbieri
Original portug.: "Dorme, que a vida é nada! // Dorme, que tudo é vão!" - arquivopessoa.net http://arquivopessoa.net/textos/2273
Das Buch der Unruhe des Hilfsbuchhalters Bernardo Soares, Auszug aus einem Fragment vom 5. April 1933
Fernando Pessoa Zitate und Sprüche
aus Contemplo o lago mudo, Übersetzung: Nino Barbieri
Original portug.: "Contemplo o lago mudo // Que uma brisa estremece. // Não sei se penso em tudo // Ou se tudo me esquece." - pt.wikisource.org http://pt.wikisource.org/wiki/Contemplo_o_lago_mudo
aus Entre o sono e sonho …, Übersetzung: Nino Barbieri
Original portug.: "Entre o sono e sonho, // Entre mim e o que em mim // É o quem eu me suponho // Corre um rio sem fim."- Cancioneiro http://www.insite.com.br/art/pessoa/cancioneiro/160.html
„Ich habe keine Begabung zum Chef, auch nicht zum Gefolgsmann.“
Das Buch der Unruhe des Hilfsbuchhalters Bernardo Soares
„Wolken ohne Schatten, // Auf der Südseite aber, // Ist ein Stückchen Himmel // Traurig blau.“
aus As nuvens são sombrias …, Übersetzung: Nino Barbieri
Original portug.: "As nuvens são sombrias // Mas, nos lados do sul, // Um bocado do céu // É tristemente azul." - Poesias Coligidas http://www.insite.com.br/art/pessoa/coligidas/712.html
„Diese ganze Landschaft ist nirgendwo.“
Das Buch der Unruhe des Hilfsbuchhalters Bernardo Soares (478)
Fernando Pessoa: Zitate auf Englisch
“When I write, I solemnly visit myself.”
Ibid., p. 287
The Book of Disquiet
Original: Quando escrevo, visito-me solenemente.
Ibid., p. 60
The Book of Disquiet
Original: O relógio da casa, lugar certo lá ao fundo das coisas, soa a meia hora seca e nula. Tudo é tanto, tudo é tão fundo, tudo é tão negro e frio!
Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Faltar é positivamente estar no campo!
Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!
Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros,
Faltei a todos, com uma deliberação do desleixo,
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que'eu saberia que não vinha.
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.
E tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Deliberadamente à mesma hora...
Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.
É tão engraçada esta parte assistente da vida!
Até não consigo acender o cigarro seguinte... Se é um gesto,
Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida.
Álvaro de Campos (heteronym), "A Frescura" (1929), in Fernando Pessoa & Co: Selected Poems, trans. Richard Zenith (Grove Press, 1998)
“Oh Portugal, today you are fog…
The Hour has come!”
Poem "Nevoeiro", verse 13-14
Message
Original: Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
“I don't write in Portuguese. I write myself.”
Ibid., p. 353
The Book of Disquiet
Original: Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo.
Ibid., p. 266
The Book of Disquiet
Original: Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes.[...] Por isto, contudo, amo-os a todos. Meus queridos vegetais!
“I reread? I lied! I don't dare to reread. I cannot reread. What's the point, for me, in rereading?”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: Releio? Menti! Não ouso reler. Não posso reler. De que me serve reler?
<p>À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.</p><p>Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!</p>
Álvaro de Campos (heteronym), Ode Triunfal ["Triumphal Ode"] (1914), in A Little Larger Than the Entire Universe, trans. Richard Zenith (Penguin, 2006)
“Having touched Christ's feet is not an excuse for punctuation mistakes.”
A Factless Autobiography, Richard Zenith Edition, Lisbon, 2006, p 229
The Book of Disquiet
Original: O ter tocado os pés de Cristo não é desculpa para defeitos de pontuação.
“Not pleasure, not glory, not power: freedom, only freedom.”
Ibid., p. 62
The Book of Disquiet
Original: Não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade.
Poem "O Mostrengo" http://www.inverso.pt/Mensagem/MarPortugues/mostrengo.htm, lines 1–9, trans. Charles Eglington ( Listen to the poem on YouTube https://www.youtube.com/watch?v=L5Ihd-ECpYM)
Message
<p>Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.</p><p>Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.</p>
Alberto Caeiro (heteronym), O Guardador de Rebanhos ("The Keeper of Sheep"), IX — in A Little Larger Than the Entire Universe, trans. Richard Zenith (Penguin, 2006)
Ibid., p. 173
The Book of Disquiet
Original: Na vida de hoje, o mundo só pertence aos estúpidos, aos insensíveis e aos agitados. O direito a viver e a triunfar conquista-se hoje quase pelos mesmos processos por que se conquista o internamento num manicómio: a incapacidade de pensar, a amoralidade e a hiperexcitação.
“Love is essential. Sex, a mere accident.”
O amor é que é essencial.
O sexo é só um acidente.
Poem (5 April 1935), reported in Poesias inéditas (1930-1935), p. 192
Ibid., p. 59
The Book of Disquiet
Original: Durmo e desdurmo.
Do outro lado de mim, lá para trás de onde jazo, o silêncio da casa toca no infinito. Oiço cair o tempo, gota a gota, e nenhuma gota que cai se ouve cair.
Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não sonhar os meus próprios sonhos?
Apontamentos pessoais ["Autobiographical Notes"] (1910)
“I never go to where's a risk. I'm frightened of dangers down to boredom.”
Ibid., p. 96
The Book of Disquiet
Original: Nunca vou para onde há risco. tenho medo a tédio dos perigos.
“Who wants to go beyond the Bojador
Must go beyond pain.”
Poem "Mar Português", Verses 9-10
Message
Original: Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
“Nature is the difference between the soul and God.”
Ibid., p. 150
The Book of Disquiet
Original: A natureza é a diferença entre a alma e Deus.
“Who doesn't feel commands. He who only thinks what is required in order to win, wins.”
Ibid., p. 260
The Book of Disquiet
Original: Manda quem não sente. Vence quem pensa só o que precisa para vencer.
“If we knew the truth, we'd see it; all else is system and outskirts.”
Ibid., p. 106
The Book of Disquiet
Original: Se conhecêssemos a verdade, vê-la-íamos; tudo o mais é sistema e arrabaldes.
“It's in an inland sea that the river of my life ended.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: Foi num mar interior que o rio da minha vida findou.
Ibid., p. 122
The Book of Disquiet
Original: Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito.
“God wills, man dreams, the work is born.”
Poem "O Infante", verse 1.
Message
Original: Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
“Action men are the unvoluntary slaves of wise men.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: A ideia de uma obrigação social qualquer [...] só essa ideia me estorva os pensamentos de um dia, e às vezes é desde a mesma véspera que me preocupo, e durmo mal, e o caso real, quando se dá, é absolutamente insignificante, não justifica nada; e o caso repete-se e eu não aprendo a aprender.
“Knowing not to have illusions is absolutely necessary in order to have dreams.”
Ibid., p. 276
The Book of Disquiet
Original: Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos.
“Wasting time has an esthetics to it.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: Perder tempo comporta uma estética